Arquivo da categoria ‘Agenda do Kipá’

A estética documental tem ganhado força não apenas no cinema, mas também em diversos outros setores do audiovisual, como na publicidade, por exemplo. Ao mesmo tempo, percebe-se que a linguagem adotada no documentário, em que as narrativas se aproximam mais do real, torna-se cada vez mais híbrida, o que relativiza os limites entre o gênero e a ficção.

A riqueza do tema foi objeto de discussão entre estudantes, professores, profissionais da área e pessoas interessadas no assunto na noite de ontem, durante a abertura do ciclo de mesas temáticas do projeto Cine Olho – Cinema e Educação. O evento, que reafirma a parceria entre o Sesc e o Instituto Kipá, contou com a participação da jornalista Suyene Correia e da professora em Multimídia Beatriz Colucci e aconteceu no auditório do Sesc – Centro.

Durante as exposições das ministrantes, Suyene defendeu não haver competição entre o documentário e a ficção, e também aproveitou para ressaltar algumas das especificidades da linguagem documental. “A realização de um documentário é tão difícil quanto a de uma ficção. Talvez, a sua produção seja menos onerosa e mais viável, mas as dificuldades são as mesmas”, defende a jornalista.

“É importante lembrar que o documentário é realizado sempre a partir de um ponto de vista. Apesar de o cineasta tentar esvaziar-se de si mesmo na realização de um trabalho documental, esse exercício é muito complicado”, pontuou Beatriz ao definir como são tênues os limites entre a ficção e o documentário.

Suyene e Beatriz também aproveitaram o espaço para falar sobre a prática do cinema no nosso Estado. As duas concordam que a produção em Sergipe é ainda pequena e que a criação do curso de Audiovisual, assim como a instituição de núcleos formados por pessoas dispostas a discutir e produzir cinema, deve contribuir para fortalecer o cenário local. “O Instituto Kipá pode ser o início dessa mudança, no sentido de agir enquanto aglutinador dos sergipanos interessados no audiovisual”, declarou Suyene.

As mesas temáticas ocorrem durante as últimas quintas-feiras de cada mês, a partir das 19h. A participação é livre e a entrada é gratuita. A programação das próximas mesas estará disponível no site do Sesc www.sesc-se.com.br e no blog do Kipá.

por Chris Matos

…Filmes                       cineolho                        educação                      Glauber!

textos               terra em transe             mensal,            narrativa           cultura/arte

cineclube??       …pessoas…                    SESC                  …         política, arte, prazer!

Plongé           ..enquadramento….                                 Foco

espaço livre.

Não é um quebra-cabeças técnico. É discutir a temática, a narrativa, o conteúdo, as possibilidades metodológicas com quem estiver interessado. Esse é um dos fundamentos que leva o novo projeto do SESC Sergipe (unidade centro): um grupo de estudos em cinema brasileiro composto por estudantes, professores, realizadores, interessados, curiosos… pessoas que se encontram uma vez por mês pelo prazer de compartilhar idéias, discutir, ler textos, fundamentar conceitos e assistir muitos filmes brasileiros.

O projeto lembra até certo ponto um tipo de proposta cineclubista: exibição de filme seguida de uma discussão. Porém, como um grupo de estudos aberto, a idéia é buscar enriquecê-lo e ampliá-lo com as idéias e opiniões de quem estiver fazendo parte. Tudo de maneira que se torne o mais confortável possível para quem estiver participando. Está feito o convite mais uma vez.

O QUE É: GRUPO DE ESTUDOS EM CINEMA

ONDE: SESC CENTRO

ENTRADA: GRATUITA E ABERTA PARA PÚBLICO DE TODAS AS IDADES

QUANDO: TODAS AS ÚLTIMAS TERÇAS-FEIRAS DO MÊS (MENSAL)

PROXIMA EXIBIÇÃO: 26 DE ABRIL

O grupo de estudos em cinema brasileiro é parte do projeto CINEOLHO, um programa de atividades, coordenadas pelo setor de audiovisual do SESC, que buscam (através de mesas temáticas, oficinas, exibições e outros) fortalecer e amadurecer o olhar do público para o cinema voltado à educação.

Para saber mais sobre SESC Sergipe e o PROJETO CINE OLHO:

http://www.sesc-se.com.br/

Para uma busca mais profunda sobre instituições que atuam dentro no cinema e audiovisual, o site do KIPA disponibiliza uma lista de referência:

https://audiovisualkipa.wordpress.com/link-uteis/

Por Marcel Magalhães

Com a exibição do filme “Terra em Transe”, do polêmico diretor brasileiro Glauber Rocha, o Sesc deu início na terça-feira, 29, a mais um dos seus projetos que combinam cinema e educação. O Grupo de Estudos em Cinema Brasileiro tem como proposta não apenas a discussão de filmes nacionais a partir de aspectos técnicos, artísticos, sócio-históricos e políticos, mas também a compreensão do cenário cinematográfico do nosso país.

O Kipá está entre os parceiros do Sesc neste projeto, que contou com a participação de um dos nossos membros, Cleiton Lobo, como mediador durante a noite de abertura. Em meio às discussões, Cleiton destacou alguns dos pontos fundamentais do trabalho deixado por Glauber Rocha e destacou a importância do cineasta enquanto defensor da arte cinematográfica como instrumento de conscientização do seu público. “No Brasil, quando se discute cinema é sempre importante discutir o papel do Glauber e do chamado Cinema Novo. Terra em Transe é um filme mais atual do que se imagina”.

O coordenador do projeto, Wolney Nascimento, concorda que a escolha do filme de abertura do Grupo de Estudos tenha sido certeira e espera que as próximas reuniões contem sempre com a participação de pessoas interessadas em debater o cinema brasileiro e em repercutir essas discussões através das mais variadas formas. “Estamos pensando em desenvolver maneiras de registrar esse projeto para que ele possa ter um maior alcance entre o público interessado. Temos a intenção, por exemplo, de criar um caderno sobre as discussões realizadas aqui”.

As reuniões do Grupo de Estudos em Cinema Brasileiro acontecem durante as últimas terças de cada mês, a partir das 18h30, no auditório do Sesc – Centro. Todos estão convidados a participar, a entrada é gratuita.

por Chris Matos

Derrota aceita e registrada!

Publicado: 16 de dezembro de 2010 em Acervo Kipá, Agenda do Kipá
O Kipá experimentou o sabor da Derrota e registrou vários momentos da festa para a realização de documentário

 

O Instituto Kipá juntou-se à multidão de ‘derrotados’ que participou da Derrota Fantasy 2010. A equipe ficou responsável pela realização do documentário “A minha Derrota”, que buscará retratar a movimentação da festa e envolvimento do público em relação à proposta do evento. As bandas não ficaram de fora, e alguns músicos não deixaram de dar seu depoimento sobre a irreverência que marca a Derrota. E já que ficar derrotado é o objetivo da festa, a nossa equipe não parou e trabalhou até as 6h da manhã, mas, claro, sempre com muita diversão.

Equipe Kipá (da esquerda para a direita): André Aragão, Chris Matos, Cleiton Lobo, Marcos Mota, Renan Sobral, Sayuri Dantas e Marcel Magalhães

O documentário está em fase de edição e quem quiser ainda pode participar da nossa produção. Aqueles que fizeram pequenos vídeos durante a festa e quiserem compartilhá-los com a gente podem enviar esses materiais para a nossa equipe através do email audiovisual.kipa@gmail.com. O envio pode ser feito até amanhã, 17 de dezembro de 2010.

A Derrota

Fantasiar-se para a Derrota é, antes de tudo, preparar-se para sentir-se derrotado ao final da festa. E isso parece ser regra entre todos que participam da brincadeira. Os amigos Maneu Carvalho e Arthur Soares, que nunca perderam uma edição da Derrota, contam que o melhor mesmo é chegar na folia já meio derrotado para sair de lá totalmente acabado. “Lembro de uma vez que cheguei na Derrota todo fantasiado e, depois de um tempo, fui perdendo todos os adereços da minha fantasia. Só me dei conta quando eu já não tinha mais nada de diferente na roupa”, relembra Maneu, que resolveu descartar os adereços este ano, vestindo-se de ajudante de cego, protagonizado por Arthur. 

Maneu e Arthur nunca perderam uma Derrota

Havia também muita gente que não conhecia a Derrota e que, pela primeira vez, resolveu fantasiar-se para encarar a festa. Vestido de mecânico, o representante comercial Alisson Cavagnoli nunca tinha ido a nenhuma edição do evento e disse que só sairia derrotado da festa. “Pelo que ouvi falar, aqui as pessoas brincam muito e só voltam pra casa depois muito derrotadas”, disse Alisson. O professor Danilo Pereira (nome fictício) também participou pela primeira vez da festa, mas conta já ter feito algumas maluquices em momentos de derrota total. “Uma vez, depois de beber muito, eu dancei uma música da Britney Spears sem roupa no meio da rua”, recorda Danilo.

Cambota fala sobre a Derrota Fantasy

 Os músicos que fizeram a festa do público também relataram algumas das suas derrotas para a equipe do Kipá. Pela primeira vez no nordeste, Cambota, o vocalista da banda ‘Pedra Letícia’, revelou não apenas uma, mas sete derrotas que ele colecionou ao longo da sua vida. “Se é pra falar de derrotas, posso contar sobre sete, que foram as sete faculdades que comecei a cursar, mas acabei desistindo de todas até que resolvi me tornar músico, o que não tem sido uma derrota”, fala Cambota, que brinca ao dizer só ter entendido o sentido da festa quando a Pedra Letícia, segundo ele, uma banda ‘fuleira’ [risos], foi convidada pra tocar no evento.

 

Digão recebe a Equipe Kipá

“Difícil dizer uma derrota, são tantas”, afirma Digão, vocalista e guitarrista da banda Raimundos. No entanto, embora não conseguissem se lembrar de muitas derrotas na hora da entrevista, os roqueiros da Raimundos concordam que a sua participação no evento não está entre elas. “Isso não é uma derrota, a festa é muito boa, dá pra ver que a galera participa bastante. Ela devia inclusive mudar de nome e se chamar Vitória”, acredita Canisso, baixista da banda. 

Entrevista com Canisso, baixista da banda Raimundos

Muito mais enturmada, a galera do Massacration, que esteve presente na edição anterior da Derrota Fantasy, em 2009, também mostrou-se firme ao defendê-la enquanto uma festa vitoriosa. “Mais uma vez, o metal venceu e saíram derrotados os emos, os caretas, os grupos musicais da atualidade”, assegura Bruno Sutter, o Detonator. 

"Na Derrota, o Metal venceu", diz Bruno Sutter

Colecionando derrotas ou não, todos se divertiram muito na festa que, mais uma vez, provou ser um grande evento. O Instituto Kipá aproveita este espaço para agradecer o empenho de todos que se dedicaram durante toda a festa para a produção do nosso documentário. “As gravações na Derrota Fantasy ocorreram tranquilamente, gravamos shows, montamos a nossa tenda, conversamos com as bandas e com várias pessoas, pegamos imagens do evento em si e acabamos saindo quase 6h da manhã de lá. Toda a equipe está de parabéns”, reforça Marcel Magalhães, presidente do Instituto Kipá.

Agradecemos também ao público, às bandas e, principalmente, a Alexandre Hardman e sua equipe, que nos deram todo o apoio necessário para a realização desse novo projeto. Obrigado!

 

Por Chris Matos

Fotos: Sayuri Dantas

O Kipá se prepara para mais uma produção audiovisual e convida a todos que participarão da festa Derrota Fantasy para construir esse projeto junto com a gente

É bem simples. Durante a Derrota, a equipe do Kipá estará coletando vídeos feitos por meio de celulares ou câmeras digitais que contenham registros dos melhores momentos da festa. Qualquer pessoa que estiver por lá pode participar, e pra isso basta levar o cartão de memória com o vídeo até o stand do Kipá ou enviá-lo depois pelo youtube para o email audiovisual.kipa@gmail.com.

Os 10 melhores vídeos farão parte do documentário “A minha Derrota” e os seus autores serão premiados com ingressos para o Coverama em 2011.

 

Segue abaixo o regimento para quem quiser participar do projeto:

 

“A minha derrota”

Documentário colaborativo sobre a Derrota Fantasy

 

– Podem participar pessoas de qualquer idade

– Os vídeos podem ser filmados com celulares e/ou câmeras fotográficas

– Não serão utilizadas no documentário imagens que contenham: sexo, violência, preconceito e situações constrangedoras

– No dia do evento o Kipá irá disponibilizar espaço para a coleta dos vídeos

– Os vídeos poderão ser enviados via youtube (link) para o email do Kipá (audiovisual.kipa@gmail.com) até a sexta-feira, 17 de dezembro de 2010.

– Dentre os vídeos enviados, serão selecionados 10 para ganharem os ingressos pro Coverama

– A pessoa que enviar mais vídeos (produzidos por amigos também vale, desde que cite o primeiro autor) irá concorrer à camisa do derrota autografada pelas bandas

– Os autores dos vídeos enviados concordam com esse regimento automaticamente ao se inscreverem

– Casos omissos serão resolvidos pela equipe de produção do documentário

Um domingo muito especial para os integrantes do Instituto Kipá, que, a convite do grupo Café Animado,  colabora com a realização de animações sobre a vida da mulher mais alta de Sergipe

Instituto Kipá e Grupo Café Animado reunidos na casa de Maria Feliciana

 

                Em uma casa simples localizada na rua que leva o nome do famoso guerreiro São Jorge, no bairro Santos Dumont, mora uma das figuras mais importantes da cultura popular sergipana, a Rainha da Altura Maria Feliciana dos Santos. Dona de um coração muito maior que os seus 2,25 m de estatura, Feliciana recebeu com carinho a equipe do Instituto Kipá para a gravação de imagens que podem dar origem a um documentário sobre a sua história com produção prevista para o início de 2011.

Moema Costa, do Café Animado

                A convite do grupo Café Animado, que se prepara para a criação de animações com roteiros baseados em pequenas histórias vividas pela Rainha da Altura em suas andanças pelo Brasil, o Instituto Kipá registrou o primeiro contato entre os jovens animadores e Maria Feliciana. “Quando surgiu o convite, a ideia seria apenas a de acompanhar o pessoal do Café Animado em seu primeiro encontro com a Maria Feliciana, fazendo uma espécie de making off e colaborando com o que fosse preciso para ajudá-los na criação de suas animações”, relata Baruch Blumberg, Coordenador de Produção do Kipá. 

Integrantes do Kipá durante as gravações

                 O que era para ser um simples registro acabou transformando-se na possibilidade da realização de documentário sobre a vida da mulher que levou o nome de Sergipe para todo o Brasil durante as décadas de 60 e 70. Feliciana chegou a se apresentar em programas de rede nacional, como o ‘Buzina do Chacrinha’, onde participou de um concurso e foi eleita a mulher mais alta do mundo, sendo coroada por Luiz Gonzaga como a Rainha da Altura.

Maria Feliciana, a eterna Rainha da Altura

                 Maria Feliciana revela que a sua altura nunca foi um problema para ela e que, apesar de alguns contratempos como a dificuldade para entrar em determinados locais ou para encontrar camas que a comportasse de maneira confortável, ela sempre se sentiu bem em relação a sua estatura, marca registrada da família Santos, aliás. Com 2,10m, Cleverton Santos, filho caçula de Feliciana, alega ter se incomodado um pouco com a sua altura durante a infância, quando recebia apelidos por ser o mais alto entre os amigos. “Hoje, tenho satisfação por ser tão alto, pois isso representa a minha família e, principalmente, a minha mãe, que é um mito em todo o Estado de Sergipe”, diz Cleverton.

"Tenho satisfação por ser tão alto", Cleverton Santos

                 As gravações feitas neste domingo contaram com a coleta de depoimentos de personagens importantes na história dessa grande mulher. As duplas sertanejas Ozano e Ozanito e Adalto e Adailton, Lorinho do Acordeon e a cantora Joseane DyJosa se emocionaram ao lembrar de fatos marcantes vividos na companhia de Feliciana. “Fico feliz ao ver a participação desses jovens unindo forças em prol de um objetivo que é o de reconhecer a história de alguém que é uma marca da cultura sergipana”, conta Joseane. 

Maria Feliciana ao lado de Josa e Joseane DyJosa

                 Algumas das imagens registradas durante esse encontro devem ser exibidas no dia 20 de dezembro, a partir das 20h, no Teatro Louviral Baptista, quando será realizado um show beneficente com renda destinada à construção de um banheiro adequado às necessidades de Maria Feliciana, que, aos 64 anos, depende de uma cadeira de rodas para se locomover.

Por Chris Matos

Fotos: Arthur Pinto, Chris Matos e Cleiton Lobo

Agenda do Kipá em Novembro

Publicado: 8 de novembro de 2010 em Agenda do Kipá

Saiba o que a equipe do Kipá está realizando através de nossa agenda mensal

01 e 02 –  cobertura do Samurai Fest

05 – cobertura do Pátio Artesania Fashion

13 – cobertura do Coverama

20 – cobertura da Virada Cinematográfica

26 – Participação como parceiro do NPDOV  na Mostra de Curtas 2010

27 – cobertura do Zombie Walk